"Um ato de resistência e esperança: a potência do show da Raquel Dimar em Rio das Ostras"
PERFORMANCE EM MOVIMENTO
10/20/20252 min read
Na última sexta-feira, tive a honra de presenciar um momento difícil de colocar em palavras — o show da Raquel Dimar no Teatro Municipal de Rio das Ostras, uma noite marcada por uma profunda celebração das nossas raízes, da ancestralidade e da força que habita em cada um de nós.
Desde o início, foi claro que aquele não seria um espetáculo comum. A cena foi palco de algo maior: uma experiência que convidou o público a embarcar em um percurso de atos, de histórias, de emoções entrelaçadas. Cada música, cada frase, parecia uma peça de um grande mosaico, onde nenhuma delas tinha a intenção de ser “a principal”. Pelo contrário: todas se complementaram, formando um processo de coestrelato, uma narrativa coletiva que ecoa as vastas histórias que carregamos — de fé, dor, esperança e resistência.
O que tornou tudo ainda mais poderoso foi a forma como Raquel trouxe a sua voz, com uma potência que reverberou fundo na alma de quem escutava. Sua presença, sua expressão, eram um convite para refletirmos sobre nossas próprias jornadas. Ao seu lado, a genialidade do Diogo Spadaro — que com maestria comandou os arranjos e a produção musical — elevou cada canção, tornando-as momentos de intensa conexão. E os músicos JazzBass e Sabá, com suas almas pulsando em cada nota, tocando com o coração aberto, reforçaram a mensagem de que a música é um hino à vida, à ancestralidade e ao amor.
A seleção do repertório foi uma homenagem a todos os artistas locais e às próprias composições de Raquel. Algumas delas, especialmente, revelaram a essência do que é o encontro com o próprio ser, uma exaltação da mulher, que enfrenta dores e desafios, mas que também pulsa com força e orgulho. Uma delas, criada exatamente a partir do que vivemos em Minas e no coração de Belo Horizonte, especialmente no nosso apartamento, quase virou símbolo dessa nossa história de resistência e de pertencimento. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, ela não foi a peça central do espetáculo. Todo o show foi uma construção fluida, uma narrativa que se desdobrou em diferentes atos, cada um revelando uma face da nossa trajetória.
E o que dizer do encerramento?
Após as canções, os músicos convidaram o público a participar de uma conversa, numa troca de perguntas e respostas que transformou o espaço ali no teatro. Depois, desceram do palco, caminharam pelo meio da sala, percorrendo o coração do teatro, numa coreografia de entrega e conexão direta. Finalizaram o show por onde tudo começou, num movimento que uniu palco e platéia, deixando uma marca profunda na memória de todos ali presentes.
Foi uma noite de muitas mãos, de dedicação e de amor à arte. Uma celebração do que nos conecta, do que nos fortalece e do que nos faz lembrar que somos parte de algo maior — uma história de resistência, de esperança e de pertença. Que o som dessas memórias continue ecoando, vibrando nos nossos corações e nas nossas caminhadas.
Ficha técnica:
VOZ E PERCUSSÃO: @raqueldimar.artes
GUITARRA, VIOLÃO E DIREÇÃO MUSICAL: @diogospadaro
BAIXO: @matheus.jazzbass
PERCUSSÃO: @batuk_sabatuk
ACESSORIA DE IMPRENSA: @pink.assessoriadeimprensa @michellegomesreal
AUXILIAR DE PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO: @tudovirapalco
LIGHT DESIGN: @eduardosalino
AUDIOVISUAL E FOTOGRAFIA: @kllyoliveira @tudovirapalco
FIGURINISTA: @jeygaspar


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